Ciúme, Zelo Doentio

Não fique curtindo essa dor. Encare os fatos com outros olhares.

Ciúme, zelo doentio. Lançamento Futuro

Deixar cair o véu que recobre a natureza humana. Deixar a nudez dos sentimentos e emoções apresentarem sua reveladora realidade. Ir às profundas contradições do pensamento.


Romper princípios, valores. Deixar falar a dor, a vida, o medo, o desejo. É a revelação proposta num diário de vida.

O sujeito padecendo da dor, perdido de ciúmes, propõe encontrar os caminhos responsáveis pela sua sorte.

O ciúme mostra, ao longo das páginas, ser sintoma capaz de destruir relações e provocar ira.

Numa persistência invejável, o sujeito vai, aos poucos, desatando os nós da trama costurada pela vida e suas vicissitudes.


terça-feira, 16 de março de 2010

Reflexões sobre o ciúme- Parte III

“Se o ciúme é sinal de amor, é como a febre no homem doente, que o tê-la é sinal de ter vida, mas vida doente e mal disposta”.
A frase carregada de sentido foi dita pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes. Nos lembra que o ciúme tem mesmo algo de doentio. Se o parceiro do sujeito ciumento sofre, sofre também a pessoa ciumenta. O ciumento parece reconhecer suas fantasias “doentias”, e ao perceber isso é acometido de angústia, tristeza, falta de confiança em si mesmo, nervosismo e outra série de sentimentos negativos.
A verdade é que o ciúme é uma tormenta para todos. Melhor mesmo é buscar ajuda e se ver livre desse sentimento ruim. Não há relação que resista muito tempo quando o ciúme toma conta.
Quando dizem que o ciúme é um veneno em doses pequenas, mas que a longo prazo destrói, é verdade. Começa com a desconfiança, apatia e vigilância contínua em relação ao companheiro. E assim, muita energia que poderia ser usada para fortalecer a relação vai sendo gasta de forma negativa. Depois de um tempo a relação não se sustenta e vem do doloroso fim.
A melhor solução para quem está vivendo isso é o diálogo em primeiro lugar. Depois é muito importante uma análise. A existência do inconsciente pressupõe uma manifestação de desejos reprimidos, cenas vividas na infância que ainda insistem em buscar solução. E, muitas vezes, encontra nas relações uma brecha para satisfação. Assim, o ciúme se torna um sintoma. Como a febre é um sintoma de alguma doença, o ciúme como um sintoma nos diz que há algo errado e precisamos descobrir para tratar, para curar.

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