Ciúme, Zelo Doentio

Não fique curtindo essa dor. Encare os fatos com outros olhares.

Ciúme, zelo doentio. Lançamento Futuro

Deixar cair o véu que recobre a natureza humana. Deixar a nudez dos sentimentos e emoções apresentarem sua reveladora realidade. Ir às profundas contradições do pensamento.


Romper princípios, valores. Deixar falar a dor, a vida, o medo, o desejo. É a revelação proposta num diário de vida.

O sujeito padecendo da dor, perdido de ciúmes, propõe encontrar os caminhos responsáveis pela sua sorte.

O ciúme mostra, ao longo das páginas, ser sintoma capaz de destruir relações e provocar ira.

Numa persistência invejável, o sujeito vai, aos poucos, desatando os nós da trama costurada pela vida e suas vicissitudes.


segunda-feira, 15 de março de 2010

Reflexões sobre ciúme - Parte II

Na primeira parte vimos o primeiro paradoxo do amor, ou seja, o vínculo x liberdade. Agora veremos o vínculo x alteridade . Outro dilema a ser enfretado pelos "amantes". A palavra alter no latim significa "outro". Por aí já temos a ideia de que outra condição do amor é preservar-se numa relação. Embora o vínculo seja forte não podemos nos perder no outro. Cada um deve preservar sua integridade. Unidos porém separados. Como isso é difícil na vida dos amantes que padecem de ciúme em excesso. Eles não conseguem deixar que o outro fique inteiro, não são capazes de se sentirem desatados do outro. "Manter a alteridade é permanecer outro, é evitar a fusão, é exigir respeito, não no sentido moralista, nem como temor que resulta da autoridade imposta". Nesse sentido é preciso deixar e respeitar o outro na sua criatividade, na sua individualidade. É preciso deixar o outro crescer como ele bem entender, respeitando sua singularidade. " O amor maduro é livre e generoso, fundando-se na reciprocidade, não na exploração: o outro não é alguém de quem nos servimos."
A história da mitologia encontramos a história de Procusto. Um assaltante que aprisionava os viajantes e os adaptava a uma cama de ferro. Se os prisioneiros eram pequenos ele os alongava, se eram grandes ele os mutilava para chegarem ao tamanho ideal. Embora a história seja bastante macabra ela representa de certa forma o que os "doentes de ciúmes" fazem aos seus amados.

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