Na primeira parte vimos o primeiro paradoxo do amor, ou seja, o vínculo x liberdade. Agora veremos o vínculo x alteridade . Outro dilema a ser enfretado pelos "amantes". A palavra alter no latim significa "outro". Por aí já temos a ideia de que outra condição do amor é preservar-se numa relação. Embora o vínculo seja forte não podemos nos perder no outro. Cada um deve preservar sua integridade. Unidos porém separados. Como isso é difícil na vida dos amantes que padecem de ciúme em excesso. Eles não conseguem deixar que o outro fique inteiro, não são capazes de se sentirem desatados do outro. "Manter a alteridade é permanecer outro, é evitar a fusão, é exigir respeito, não no sentido moralista, nem como temor que resulta da autoridade imposta". Nesse sentido é preciso deixar e respeitar o outro na sua criatividade, na sua individualidade. É preciso deixar o outro crescer como ele bem entender, respeitando sua singularidade. " O amor maduro é livre e generoso, fundando-se na reciprocidade, não na exploração: o outro não é alguém de quem nos servimos."
A história da mitologia encontramos a história de Procusto. Um assaltante que aprisionava os viajantes e os adaptava a uma cama de ferro. Se os prisioneiros eram pequenos ele os alongava, se eram grandes ele os mutilava para chegarem ao tamanho ideal. Embora a história seja bastante macabra ela representa de certa forma o que os "doentes de ciúmes" fazem aos seus amados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário